quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ensaio Arquitetônico - Plano, Volume e Rocha

Arquitetismo da vez:

ENSAIO ARQUITETÔNICO
PLANO, VOLUME E ROCHA



     O projeto surge pela necessidade da construção de uma percepção Plástica além dos conceitos subjetivos, utilizando-se uma composição feita por um volume de máximos 54m², um plano vertical, um plano horizontal, uma coluna, escadas, uma árvore e uma rocha. O principal embasamento teórico para análise foi a Escola da Psicologia da Forma, a Gestalt, e seus conceitos.
          
     A composição da maquete iniciou-se com uma análise da utilização da sequência de Fibonacci na Arquitetura. A partir da organização de circunferências de raio que respeitava tal sequência (1, 1, 2, 3 e 5), elas foram ligadas por linhas curvas, formando o desenho básico do volume – cujas formas foram depois adaptadas à área requisitada e em prol de um projeto mais harmônico, conforme os outros componentes eram desenvolvidos.
          
     O plano horizontal, posicionado acima do volume, mantém as formas curvas do mesmo. A peça vertical quebra tal ordem, sendo formado por dois planos ligados por um ângulo obtuso. A coluna atravessa o volume, do chão, chegando até o plano horizontal. O pé direito é de 2,5m. 


     Os elementos são articulados de modo a criar equilíbrio entre as partes, a partir de um eixo diagonal, organizado por três “pontos” – plano horizontal, volume e plano vertical. As colunas são colocadas opostas ao plano inferior – paralelo ao superior. A rocha, atrás do plano vertical, é utilizada como apoio para o volume. Ao seu lado, na parte de trás ainda, escadas ligam os pavimentos. Para equilibrar os elementos em descendência no lado esquerdo, formando uma quase hipotenusa de triângulo retângulo, o plano superior é lentamente deslocado para a direita, forçando um posicionamento das colunas próximas à arestas/faces.      

          
     A árvore é colocada “sob” o plano horizontal, no extremo de uma reta que atravesse a rocha e as colunas. O solo, coberto com grama, possui uma área concretada, delimitada pela árvore e pela rocha, de formas arredondadas. Não extrapolando também os próprios limites da projeção do volume sobre o chão, dá ao projeto um caráter ensimesmado. 
          

     Apesar da pregnância da forma do volume – há certa semelhança com um piano –, partindo do princípio de que a visão privilegiada do projeto seja a terrena, não a vista superior, tal fato não se constitui como uma desvantagem à percepção do projeto. A articulação e a proximidade dos elementos constituintes levam à uma fragmentação da visão em detrimento do todo.

     Comparando o projeto à Villa La Rotonda, de Andrea Palladio (Vicenza, Itália), percebe-se
uma grande diferença em termos de simetria. A racionalidade e os eixos verticais de dividem perfeitamente a Villa, em todas as fachadas, chocam-se com a falta de simetria evidente na composição entre os planos, o volume e a rocha. Além disso, seu diálogo com a linguagem arquitetônica greco-romana, valendo-se de colunas e ornamentos típicos, é oposta à simplicidade do projeto desenvolvido em sala de aula.

     Pode-se também mencionar a presença de janelas e da escada grandiosa, na Villa, em oposição ao volume fechado e aos pares de escadas simples e escondidos dos olhos que se aproximarem pela frente da edificação. A relação com a natureza também é diferente entre ambas - as maiores árvores estão mais distantes do prédio italiano, enquanto se relacionam com maior proximidade no projeto universitário.

Um arq-abraço. Ou não.
Luísa.

Estilos Arquitetônicos - Uberlândia

Arquitetismo da vez:


No mês de Março, como parte da disciplina de Plástica I, nossa turma saiu das proximidades da praça Tubal Vilela em direção ao Fundinho, passando pelas mais antigas e icônicas construções da cidade. Observamos exemplares arquitetônicos do Modernismo, do Art Déco e do Ecletismo.

Art Déco




 Ecletismo




Modernismo
 



Um arq-abraço. Ou não.
Luísa.